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Eu acredito nas lojas físicas

Eu acredito em lojas físicas e, neste artigo, vou mostrar por que essa tese faz sentido no mundo dos relógios. Um estudo da Deloitte Suíça mostra que a maioria dos compradores prefere comprar em loja. Muitos executivos esperam que as vendas offline continuem dominando. Para grande parte das marcas, a venda online ainda é muito pequena. As empresas estão cortando expectativas de crescimento digital e adotando uma postura de resiliência. Consumidores preferem lojas multimarcas mais do que lojas de marca única, especialmente mulheres que buscam mais opções. O relatório é extenso e se baseia em dados de mercado, centenas de executivos e milhares de consumidores. Também ligo isso às pressões atuais — tensões geopolíticas, inflação, custos altos e um franco suíço forte — que empurraram o setor para consolidar e valorizar ainda mais o ponto de venda. 

  • A maioria dos compradores prefere comprar relógios em lojas físicas
  • Executivos esperam que as vendas offline dominem nos próximos anos
  • A maioria das marcas vende pouco online e não prevê grande crescimento nesse canal
  • Marcas reduzem expectativas de vendas online e focam em resiliência
  • Consumidores, especialmente mulheres, preferem lojas multimarcas por oferecerem mais opções

Com o setor sob pressão, compradores e executivos preferem lojas físicas

Li o estudo da Deloitte e tive a sensação de que a indústria suíça de relógios anda num barco que balança. O relatório reuniu dados econômicos, pesquisa com mais de 100 executivos e 6.500 consumidores; para dados oficiais consulte o Dados e estatísticas da indústria relojoeira. O retrato é claro: marcas e lojistas estão mais cautelosos e muitas adotaram um modo de defesa.

Dois terços das marcas dizem vender menos de 10% das peças online. Quase três quartos (74%) dos executivos acreditam que as vendas em loja vão seguir dominando nos próximos cinco anos — um salto frente aos 62% de 2023. Para mim, isso mostra que a promessa do e‑commerce perdeu força: a experiência física pesa.

Mais de 60% dos consumidores dizem que é mais provável comprar um relógio numa loja física. E 38% preferem lojas multimarcas contra 23% que preferem lojas mono‑marca. Mulheres, em especial, preferem multimarcas por poder comparar opções lado a lado. Lembro da vez em que experimentei três modelos seguidos: a multimarcas deixou eu decidir sem pressa.

Tarifas, guerra e câmbio: a tempestade que vem de fora

O estudo aponta fatores externos que complicaram o cenário: conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, tarifas dos EUA, um franco suíço forte e o preço alto de insumos como o ouro. Para informações oficiais sobre tarifas consulte Informação oficial sobre tarifas aduaneiras e direitos. Tudo pesa no atendimento ao cliente e na margem de lucro.

A tarifa dos EUA é um golpe: hoje há 39% sobre produtos importados da Suíça para os EUA, e desde 2021 os EUA são o maior mercado para relógios suíços. Em 2024, as exportações para lá foram CHF 4,4 bilhões — 16,8% do total de exportações suíças de relógios. Esses números limitam investimentos e planejamento, e reportagens como https://www.hodinkee.com/articles/with-industry-under-pressure-watch-buyers-and-executives-continue-to-favor-brick-and-mortar-retail-d ajudam a entender o impacto externo.

Fornecedores sentem o aperto

Peças e componentes são dos mais afetados. Muitos fornecedores já cortaram custos: 74% disseram reduzir despesas e 61% ainda colocam inovação como foco. Ouvi de um fornecedor: Corto custos, mas tento não parar a criação. É um passo de equilibrista.

Setenta por cento das empresas reduziram investimentos no último ano; 63% usaram esquemas de trabalho curto para evitar demissões. Vimos também consolidações: aquisições de players de componentes por grupos maiores — um exemplo citado foi a compra da Incabloc por um consórcio envolvendo grandes nomes. Isso parece proteger a cadeia quando o mar fica bravo.

Por que as pessoas ainda querem a loja física?

A loja é palco. Comprar um relógio é mais emoção do que necessidade: compra-se com os olhos, com o toque e com a conversa. A pesquisa mostrou que a experiência face a face pesa — provar, ver no pulso, ouvir a história do modelo. Para ver estudos sobre tendências do mercado de luxo e o papel do comércio físico, confira Tendências de consumo e canais de venda.

Multimarcas oferecem comparações fáceis e variedade, o que ajuda especialmente as mulheres. A equipe de loja pode orientar: uma conversa simples pode direcionar a escolha e transformar a experiência.

Como as marcas reagem no curto prazo

Marcas e fábricas estão recuando: reduziram investimentos, fizeram ajustes de pessoal temporários e buscaram alianças. A mensagem que noto é prática: cortar onde é preciso e manter o núcleo criativo funcionando. Cyrille Vigneron, citado no estudo, lembra que o setor passa por ciclos de disrupção cada vez mais frequentes — quem quiser ficar no barco precisa remar com agilidade.

Rolex e corridas: patrocínio com SailGP

A Rolex reforça patrocínio com o SailGP, conectando a marca a velocidade, precisão e visibilidade global. Patrocínios assim mantêm o prestígio e a presença em eventos que atraem colecionadores e fãs.

Zenith Defy Chronograph USM — primeiras impressões

Li sobre o novo Zenith Defy Chronograph USM e quis ver o mostrador de perto. A linha Defy tem linguagem moderna; o cronógrafo combina técnica e design limpo e parece caminhar nesse sentido.

Berneron e o Quantième Annuel

A Berneron revelou a segunda coleção, o Quantième Annuel. Um calendário anual ajusta datas de meses curtos e só precisa de correção uma vez por ano — ótimo para quem quer funcionalidade sem complicação. Admiro projetos que resolvem problemas reais no pulso do dia a dia.

Seguro com Chubb: proteção para viagens e coleções

A parceria com a Chubb para seguros de relógios e joias é relevante, especialmente para quem viaja. Propostas sem franquia em caso de sinistro e cobertura de até 150% do valor segurado oferecem sossego: perda ou dano coberto sem custo extra (até o limite da apólice). Para colecionadores, isso pode mudar a decisão de levar peças caras em viagens.

Colaborações e eventos recentes

Há iniciativas interessantes: Glashütte Original com Meissen em mostradores pintados à mão; Blancpain inaugurando espaço em Nova York; Bulgari com o Bronzo; e debates sobre lançamentos como o novo Rolex Land‑Dweller e o Patek 6196. Essas ações mantêm o setor vivo.

Histórias da semana e feiras

Feiras como o Toronto Timepiece Show e o Rolliefest reúnem fãs e colecionadores. São espaços onde a paixão se mantém viva: ouvir histórias, ver peças raras e conversar com quem vive do ofício é insubstituível.

Conclusão

O ponto de venda físico segue central para a experiência relojoeira — tanto para compradores quanto para executivos e marcas. Diante de pressões externas, consolidações e cautela com o digital, as lojas físicas e as multimarcas mantêm papel estratégico.

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